A Bauhaus
A Escola Bauhaus é uma escola de arte. Surgiu nos tempos da Revolução Industrial, ou seja, trouxe incontáveis consequências assoladoras; como nas condições de vida da população, a criação de grandes centros urbanos e reestruturações sociais, como também nos produtos manufacturados e racionalizados.
Desde 1850 que os ingleses já tinham tentado modificar os conceitos de formação dos artesãos e das escolas de arte. No entanto, além da área industrial, a Inglaterra garantia sempre o seu primeiro lugar também nessa mesma área. Ou seja, com tanto conhecimento industrial e mundial, é natural que os países vizinhos, inclusive a Alemanha, ambicionassem alcançar o mesmo que a indústria têxtil inglesa tinha, ou seja, o seu grande poder.
Em 1896, o governo alemão mandou Hermann Muthesis, sendo um espião de gostos, para uma missão de 6 anos na Inglaterra. O seu grande objectivo era estudar as razões do grande sucesso por parte dos ingleses. De volta, Muthesis aconselhou a criação de oficinas de artes e indústrias para a contratação de diversos artistas modernos para dar aulas. Com isto, este modelo espalhou-se e garantiu a criação de pequenas oficinas privadas que fabricavam utensílios domésticos mobiliários, têxteis e ainda objectos de metal.
De seguida, em 1907, é fundada a Deutscher Werbund (Associação de Artes e Ofícios – DWB) por Muthesius. Esta associação foi considerada a mais importante e de maior sucesso antes da Primeira Guerra Mundial.
É em 1919, que o governo alemão aprova o pedido de Gropius para dirigir duas escolas primitivas em Weimar (a Escola Superior de Belas-Artes e a Escola de Artes e Ofícios), juntou-as numa só, dando origem à Bauhaus (construída por Henry Van de Velde). Esta escola traz na sua origem uma feição destacada do seu perfil, querendo assim realçar a tentativa de articulação entre arte e artesanato.
Gropius acreditava na especulação da “obra de arte total” em que o design torna-se o resumo de todas as artes e ofícios, tudo sob a arquitectura. Era, portanto, algo de tema religioso na qual se deitavam forças tremendas por si mesmas; um elemento de incentivo integral no contexto de uma pátria ética e economicamente derrotada pela Primeira Guerra Mundial. Afirmava então Gropius que poderia reestruturar uma melhor sociedade alemã e, afinal, mais harmónica e democrática.
Como está referido nuns passos anteriormente descritos, a Bauhaus foi a mais relevante escola de desenho industrial, arte e arquitectura do século XX. Sendo o design muito valorizado, constituindo um grande conhecimento na arte moderna e da aplicação tecnológica do Homem, sucedeu-se assim o desenvolvimento cultural e educacional muito significativo. Combinando assim todas as artes num só protótipo, o lema “a construção do futuro”, exigia um novo tipo de artista entre as especializações académicas, na qual a Bauhaus garantia uma educação ajustada e harmonizada. Para garantir tal educação, Gropius teve como necessidade de ampliar novos métodos de ensinamentos, concluindo assim as bases para as largas artes que ainda deveriam ser achadas, estando neste momento “perdidas” no ar. Os três grandes objectivos desta escola eram tirar de cada uma das artes o seu isolamento em que se encontrava sobre motivar os artesãos a trabalharem na cooperativa; erguir o status das peças artesanais ao mesmo grau das belas-artes, como a pintura e a escultura; e manter contacto com as indústrias, como empreendimento de conseguir a emancipação do governo por intermédio da transacção dos seus esboços.
Esta escola contendia a arte pela arte, estimulava a franca criação com o intuito de ressaltar a personalidade do Homem, unindo a arte à tecnologia para atender às contestações da sociedade industrial e da produção em massa, ao contrário do que era contemplado antes da criação da escola, ou seja, a proliferação das artes clássicas. Aqui, os alunos eram encorajados a soltarem-se dos preconceitos em relação ao estético, estimulando-os a buscar novas decifrações do design. Nesta meta, formar designers era um dos outros grandes objectivos da escola. Aqui se pretendia também um conhecimento rigoroso do material e dos processos de trabalho que ficariam em condições de excitar na produção industrial na época, este momento fez-se tornar mútuo, pois a qualidade técnica e artística foi reconhecida com mérito igualmente pelo produtor e consumidor. No final, o aluno “aprendia, fazendo”.
A ligação conceituosa entre a arte e a indústria coincide sobretudo com a mudança da escola para Dessau, em 1925. No emaranhado de edifícios configurados por Gropius, que seriam delineadas as abordagens da Escola Bauhaus: podendo assim as pesquisas formais e as inclinações construtivistas serem realizadas com o máximo de economia na utilização do solo e na construção. Também a atenção às características específicas dos variados materiais como a madeira, vidro, metal e outros; deriva-se assim a vaga ideia de que a forma artística vem de um único método ou mesmo problema, antecipadamente definido o que leva à correspondência entre forma e função... O recurso das novas tecnologias.
Em 1928, Gropius é substituído pelo arquitecto suíço Hannes Meyer na sua direcção. Isto deu uma ênfase mais contrastante e mais social em relação ao design, traduzindo tudo na criação de um mobiliário de madeira, ou seja, mais barato, simples e desmontável; porém, de grande variedade de papéis de parede. Perante as pressões do nazismo sobre Meyer, em 1930 esta escola passa a ser dirigida pelo arquitecto Mies Van der Rohe.
Por falar em nazismo... Em 1932, os nazistas tomaram o poder em Dessau, o que fez com que a famosa escola se muda-se de Berlim para uma fábrica de telefones abandonada, sob o nome de Instituto Superior de Pesquisa Técnica. Porém, após seis meses, em Julho de 1933, a Gestapo ocupou a escola e apressou o seu fecho definitivo. Os nazistas alegavam que a Bauhaus estimulava as características que não lhes pertencia.
Hoje em dia, a Escola Bauhaus alemã continua de janelas abertas por toda a Europa e no Novo Mundo. Contudo, nos 14 anos, apesar de se ter desabituado de uma doutrina fortemente influenciada pelo expressionismo “romântico” para o racionalismo radical, a Bauhaus representou historicamente o início com todo o prodígio da consolidação dos princípios funcionalistas do design gráfico enquanto disciplina, por mediador da sua acção dogmática.
Por fim... Actualmente, a mudança do design com o crescente desenvolvimento tecnológico é análogo ao tipo de transformação que o mesmo sofreu no período da Escola de Bauhaus. A medrante industrialização gera consequências devastadoras nas condições de vida das pessoas e nos produtos manufacturados dos obreiros e dos operários, havendo o risco da evolução se transformar em globalização da forma em que se apresse a destruição do próprio Homem, no aspecto ecológico ou mesmo sociocultural. Na época não houve preocupação com os efeitos sinistros que a indústria poluente causava no meio ambiente.
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1. Aulas |
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2. A famosa escola Bauhaus |
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3. Exemplo de materiais criados. |