quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Da Câmara Escura à Lanterna Mágica

Da Câmara Escura à Lanterna Mágica

O cinema é um fruto de um número considerável de factores, descobertas e invenções, que foram desenvolvendo autonomamente. Este foi apresentado pelos irmãos Lumiére em Paris, 1895. O objectivo deste subtema é dar uma vontade ao Homem, e os espectáculos de sombra e a invenção da lanterna mágica provam isso mesmo. Um exemplo de espectáculos é, por exemplo, a transformação das imagens através de lanternas mágicas do cinema e o aparelho antecessor da máquina de projecção foram objecto de grande fascinação.
Para se chegar a um princípio, é necessário passar por algum cruzamento de séculos existentes que possam trazer ensinamentos que vieram a convergir na invenção do cinema. De certo modo, em maioria dos historiadores, prevalece a data histórica de 1895 em Paris como o verdadeiro nascimento da sétima arte.

A Câmara escura
Actualmente, o cinema aparenta ser uma grande simplicidade. Mas não é tanto como isso, afinal de contas, trata-se como sendo uma complexa união de diversas circunstâncias naturais e científicas. Aqui foram analisadas e chegadas como ponto de partida, o campo da óptica, da química e o campo da tecnologia. É importante saber captar a imagem e dominá-la em sim, autonomamente. É, de certa forma, muito curioso. E haveremos de entender o porquê … Fazemo-lo até ao século IV a.C., na Grécia Antiga, pelo famoso filósofo Aristóteles, que se vai encontrar a primeira referência sobre o fenómeno da captação da imagem.
Como descoberta, o efeito de refracção, ao passar por luz através de um pequeno orifício num local escuro, a imagem do exterior forma-se invertida na parede oposta. Podemos dizer afinal, que é a câmara obscura que tem como significado original de “quarto escuro”.
Posteriormente, só nos séculos XI, os árabes recorrem a esta dispositivo para medir a posição do Sol e observar eclipses solares, sem prejudicar os olhos. Como curiosidade, podemos dizer com isto que, Leonardo da Vinci (século XV), é considerado o maior génio da ciência moderna. Leonardo da Vinci escreveu: “Quando as imagens dos objectos iluminados penetram num compartimento escuro, através de um pequeno orifício e se recebem sobre um  papel branco situado a uma certa distância desse orifício, vêem-se, no papel, os objectos invertidos com as suas formas e cores próprias”.

A Lanterna Mágica
As diversas descobertas que se foram sucedendo tiveram utilidades práticas no campo da arte, da ciência, do espectáculo e da indústria. A conduzir estes progressos está o enorme fascínio e admiração que a imagem reproduzida sempre exerceu. No campo popular, a imagem foi vista, durante um longo tempo, como algo superior. Tão sobrenatural que se poderia considerar fazer parte do campo da magia e do Além. Isto fez com que a magia fosse estática ou em movimento, deu-lhe a faceta de espectáculo, que se encaixou e progrediu com a vinda do cinema.


A Ilusão do Movimento
O movimento das imagens não é mais do que uma ilusão óptica. A passagem rápida e sucessiva de imagens fixas dá-nos a sensação de movimento. A isto se dá o nome de “persistência da visão”, o que, afinal de contas, se trata de uma complexa combinação de fenómenos ópticos, químicos e cerebrais que levam o ser humano a reservar uma imagem por fracções de segundo. O estímulo mantém-se até ao aparecimento da imagem seguinte e o olho humano não percebe que são imagens fixas.
                                                                1- Lanterna mágica
2- Câmara Escura
Em 1765, o irlandês Chavalier Patrice provou este fenómeno com carvão incandescente na extremidade da plataforma, revelou que por um décimo de segundo era possível ver um cículo de luz completo. Por fim, a decisiva descoberta: a invenção da fotografia. A captação da imagem através de utensílios ópticos e a sua fixação, a partir da utilização de químicos, é a difícil etapa até chegar à imagem em movimento.  Aqui se destaca o cinema.


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